Língua de gato - os sabores

Pensa-se actualmente que os nossos carnívoros domésticos conseguem distinguir os sabores doces, ácidos, salgados e amargos, ainda que este postulado seja um pouco teórico. Em todo o caso, é bastante prático para determinar a sensibilidade aos sabores. Os estudos procederam à análise dos comportamentos de preferência do gato entre dois alimentos diferentes.

- Sabor doce: contrariamente aos outros mamíferos, o gato mostra-se pouco atraído pelo sabor doce. Não diferencia a água de uma solução açucarada, mas se o açúcar for diluído numa solução salgada, o gato preferirá a segunda. Na verdade, o gato parece possuir fibras gustativas sensíveis à água que mascaram os sabores adocicados.

- Sabor ácido: os receptores dos sabores ácidos estão espalhados pela língua. Uma acidez muito acentuada leva à rejeição do alimento.

- Sabor salgado: o gato possui um limiar de percepção do sabor salgado maior do que o das outras espécies e, como tal, suporta os alimentos muito salgados.

- Sabor amargo: a percepção do amargo deve-se à presença de papilas localizadas na zona posterior da língua. O gato é muito sensível aos sabores amargos, os quais caracterizam tipicamente as substâncias tóxicas.
O gato, gastrónomo apurado, é muito exigente quanto ao tipo de recipiente. Prefere o vidro, a faiança ou a porcelana ao aço inoxidável ou ao plástico. O comedouro não deverá ser muito fundo (os comedouros para cães não são adequados ao gato). Finalmente, para lhe proporcionar uma maior satisfação, é aconselhável aquecer rapidamente o alimento no microondas.

Existem variações individuais quanto à percepção destes sabores. Alguns autores propuseram classificações distintas. No seu entender, o gato está dotado de um sistema, denominado nucleotídico. Uma vez que os nucleótidos estão presentes na carne, não é surpreendente que os gatos tenham preferência por produtos à base de carne.

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